Há quase dois meses, os moradores e trabalhadores de propriedades rurais da Linha C-65, em Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, passam por transtornos diários para se locomover pela estrada.
A ponte de madeira que existia sobre o rio Branco foi arrastada pela correnteza no último dia 11 de fevereiro e as pessoas enfrentam perigo ao fazerem a travessia em tábuas sobre os pilares que restou da estrutura.
Na base do improviso e sem nenhum tipo de proteção, quem precisa chegar do outro lado da cabeceira, deixa o medo de lado e passa por momentos de adrenalina. O rio está cheio e a correnteza é forte, um passo em falso e a queda pode ser fatal.
Mesmo assim, muita gente prefere correr o risco do que dar a volta e utilizar outras alternativas para chegar até a cidade ou as propriedades. O administrador de empresas, Joaquim Veiga, relatou já viu muita gente passando pelo local, inclusive de moto.
“Se não fosse passar por essas tábuas improvisadas, a gente teria que dar uma volta de aproximadamente 40 quilômetros para chegar na fazenda. Essa travessia balança tudo quando a gente passa, pois os pilares estão tortos e a gente espera por providências antes que aconteça alguma fatalidade”, destacou.
Próximo a uma das cabeceiras do que sobrou da estrutura da ponte, há uma barreira colocada pela prefeitura indicando a interdição, mas ela foi derrubada e não impede a passagem das pessoas.
O operador de máquinas, Gilmar Modesto, trabalha em uma fazenda próximo da ponte e se arriscava no local para fazer a travessia de ração para o gado da propriedade.
“Para nós é bem está complicado, temos que passar todos os dias pelo local para transportar o material até o outro lado. O que nos resta é passar por essas tábuas mesmo, que é um perigo danado”, comentou.
Nova ponte
De acordo com o Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Semosp), uma nova ponte precisará ser feita sobre o rio Branco, na Linha C-65, pois toda a estrutura que ficou no local não tem possibilidades de ser reaproveitada.
Mas conforme o secretário da Semosp, Edson Kerr, ainda não há nenhuma data definida para o início das obras de construção da nova ponte.
“A gente só vai poder começar os trabalhos quando o nível do rio abaixar, aí avaliamos o local e fazemos uma ponte nova. Os projetos já estão prontos, mas não tem como fazer a obra com o rio cheio”, declarou o secretário.
Sem nenhuma previsão de quando os problemas devem ser solucionados, os moradores seguem se arriscando pelo local.
G1 – Notícias
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